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Com o objetivo de promover a realização dos balanços sociais pelas empresas do Estado e de atestar o seu verdadeiro compromisso social, o Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRC-RJ), em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e a Federação do Comércio do Estado do Rio Janeiro (Fecomercio), lançou, no dia 21 de novembro de 2002, o Certificado Empresa Cidadã.

A solenidade contou com a presença dos presidentes do CRC-RJ e da Firjan, Nelson Monteiro da Rocha e Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, respectivamente, além do diretor da Fecomércio, Natan Schiper, representando o presidente da entidade, Orlando Diniz.
Considerado um modelo inovador no país, o certificado fará com que as empresas, além de certificadas, sejam reconhecidas publicamente por se enquadrarem em determinado padrão social. Assim, o certificado não irá mensurar quanto cada empresa gasta com a área social, mas incentivar essa prática, com o intuito de diminuir as diferenças sociais existentes no Estado.

O contador e coordenador da comissão do CRC-RJ criada para elaborar o regulamento do Certificado, Jorge Ribeiro dos Passos Rosa, deu início ao evento apresentando um panorama geral sobre o processo de certificação do CRC-RJ. “Temos como objetivo elevar a qualidade e a transparência dos relatórios sociais. A certificação tomará como base, principalmente, as informações contábeis contidas nos Balanços Sociais das empresas, que terão de ser assinados pelo contador. Também criamos o Manual de Avaliação que dará a média de conceito de cada empresa”, explicou Jorge. A comissão é formada pelos contadores Guilherme Tostes, Lygia Maria Sampaio, Araceli Ferreira e Francisco José dos Santos Alves.

Após a explicação do coordenador da comissão, foi assinado o Convênio Institucional entre os representantes da três entidades.
Em seguida, Nelson Monteiro da Rocha elogiou a oportunidade de assinar o convênio, que aproxima as entidades empresariais, enfatizando ainda mais a contabilidade. “No Estado do Rio de Janeiro, é a primeira vez que se tem um certificado e reconhecimento público das empresas que investem em campanhas sociais. Estas empresas que têm investido merecem um reconhecimento. A intenção do CRC-RJ é ampliar o número de empresas comprometidas com a prática da Responsabilidade Social, fazendo uma espécie de certificado de qualidade semelhante ao Iso 9000. Vamos as empresas que investem na área social e mostram isso por meio do balanço, sem que haja um ranking, cabendo a empresa publicar seu balanço social para obter a pontuação exigida e consequente certificação. Queremos que o consumidor valorize as empresas que estão investindo no social, adquirindo produtos produzidos por elas. Assim, conseguiremos ampliar cada vez mais o número de empresas com a melhora da sociedade. A governadora Benedita vê com muita simpatia este projeto, que espero que sirva de exemplo”, falou.

Já Natan Schiper mostrou a satisfação de ver a Fecomércio participando deste convênio, pois enxerga que a participação das empresas, no momento em que o Brasil vive, é muito importante. “A empresa deve participar de tudo que tem a ver com a sociedade, democratizando seu lucro. Isto trará ao Rio de Janeiro mais benefícios e sucesso para todos”, afirmou.
Para encerrar, Eduardo Eugênio pediu para que os consumidores dêem preferência às empresas certificadas quando a iniciativa estiver em vigor. “Acho que o Betinho deve estar satisfeito com mais este passo que estamos dando. Temos o desafio de fazer com que a sociedade civil valorize esta marca. É importante que esse tipo de iniciativa consiga o apoio dos órgãos de fomento. BNDES, Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal são exemplos, pois poderiam financiar através de suas taxas de empréstimo diferenciadas para as empresas que forem certificadas pelo CRC-RJ. Acho interessante que haja uma ampla divulgação dos nomes das sociedades cidadãs, de capital aberto, pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM), para que se valorize ainda mais as marcas que estão investindo no social”, disse.

A idéia do certificado surgiu em agosto de 2000 e seu regulamento levará em conta a transparência das informações contábeis e sociais; os indicadores de investimento, de recursos humanos e sociais externos; dados sobre o corpo funcional e relevantes de exercício de cidadania. Todas as empresas que atingirem a nota mínima exigida pelo regulamento serão certificadas. O julgamento será feito por mestrandos da UFRJ e UERJ, que terão como base as informações contábeis de cada balanço social. Segundo Nelson Rocha, há vários modelos para as empresas se basearem.

A participação é gratuita, cabendo as empresas interessadas enviar o Balanço Social de 2002 para a sede do CRC-RJ, localizada na Praça Pio X, 78, 10o andar, Centro, até o dia 30 de junho de 2003, com os resultados sendo divulgados 30 dias após o término do prazo de entrega. Para que todos possam participar, o CRC-RJ sugere que pequenas empresas se unam em um determinado segmento e lancem um balanço único.

O Conselho também criou o e-mail empresacidada@crcrj.org.br para receber sugestões e esclarecer dúvidas a todos que desejem participar

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